Hoje vocês vão conhecer essa linda história de vida da nossa amiga Lívia 🙂
Qual seu nome e cidade?
“- Lívia Luzia Cavalcante, moro em aparecida de Goiânia.”
Como você entrou no mundo dos cadeirantes?
“- Ah 2 anos e 5 meses, eu descobri que estava com um tumor entre a coluna e a medula, tive que fazer a cirurgia para retirada,e isso acabou me impossibilitando temporariamente de sentir e movimentar todo meu quadril e membros inferiores, por um tempo.”
Quando descobriu que estava com tumor, passou pela sua cabeça que poderia ficar na cadeira de rodas?
“- Não, eu fiquei sabendo que ia ficar na cadeira de rodas na sala de cirurgia,o meu medico tinha medo de me falar. Alguns segundos antes de tomar a anestesia geral o meu medico me disse:
“- Lívia provavelmente após a cirurgia você não ira sentir suas ´pernas” e não ira andar.”.”
Teve a oportunidade de desistir da cirurgia, quis fazer isso?
“- Não, confesso que fiquei muito assustada e com medo, porém orei enquanto ainda estava consciente, mas não desisti.
Pode voltar a andar?
“- Então, o meu caso tem uma recuperação, com muita fisioterapia, e esforço. Pois não abalou a medula, só que eu achei que ia ser rápido, coisa de 3 meses.”
Nesses 2 anos 5 meses, o que mudou na sua vida?
“- Tudoooo, literalmente tudo ,muda a rotina, são outras amizades é outro dia a dia, tudooo mudou.”
Como era sua vida antes da lesão, o que gostava de fazer?
“- Andar era o que mais gostava, ficava na rua andando o dia inteiro. Eu era promotora de cosméticos, ficava nas lojas, shoppings e salões divulgando os produtos. Fazia faculdade acabava de começar o 2º período em estética e cosmética, saia todo fim de semana, ia pra festas, amava jogar vôlei e dançar.”
E hoje que você conhece a lentidão da recuperação, quais são seus sonhos?
“- O primeiro é o meu casamento agora no fim do ano, quero voltar a trabalhar, estudar, ter filhos, viajar, a vida não para.”
Falando em relacionamento, como foi a aceitação dele?
“- Bem quando fiz a cirurgia, já havia 1 ano de namoro com este rapaz, foi um choque para todos a minha volta, mas ele sempre ficou do meu lado, me apoiando, me incentivando, muitas vezes eu quis desistir,mas ele nunca deixou. ele é um anjo que o Senhor colocou na minha vida, amoooo muito ele.”
E as famílias apoiaram o relacionamento, depois que você ficou na cadeira de rodas?
“- A família dele sempre apoiou, a minha sempre apoiou ate o dia que decidimos casar. Meus pais ficaram com muito medo, queriam que eu me recuperasse 100% pra depois casar. Porque nós cadeirantes temos cuidados, tem coisas que precisamos que alguem nos ajude a fazer, e minha mãe tinha medo do meu noivo não me ajudar, porém conversamos, eu expliquei bem a situação para meus pais, porque hoje tenho quase 80 % de independência e eles acabaram apoiando, não iam me fazer mudar de ideia, ate mesmo porque sou bem cabeça dura,quando quero algo enquanto não faço, não paro.”
O que você diria para nossas leitoras que tiveram suas vidas modificadas igual a você? Imagino que deve ter deixado marcas em seu corpo…
“- É, normal engordar….kkkkk… Tenho uma cicatriz enorme nas costas, praticamente em quase todo comprimento, no inicio não gostava de mostrar, hoje mostro e se alguem me pergunta respondo feliz que eu venci e essa é a marca da minha vitoria. Não há necessidade de se fechar, não há necessidade de se esconder, vocês são lindas do jeito que são, não é uma cicatriz que vai te deixar feia.”
Momento: “De frente com Gabi.”
Família? “- Pai e mãe.”
Amigos? “- Na hora do aperto só ficam os verdadeiros.”
Preconceito? “- Nojo de quem olha para nós como coitados,vontade de mandar tomar naquele lug…”
Arrependimento? “- De não ter valorizado minha família antes.”
Parabéns Lívia pela garra e força de vontade, continue sempre assim espalhando alegria com seu sorriso!
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